A transmissão está no menor nível desde o início da medição e o número de mortes tem caído com o avanço da vacinação no Brasil. Uso da proteção, porém, ainda é essencial para se proteger e não contaminar outras pessoas durante a pandemia.
- A Covid é transmitida principalmente pelo ar
- Ambientes fechados e com aglomeração têm alto risco
- A vacina protege, mas não impede a transmissão
- A Covid pode deixar sequelas
- Novas variantes ainda podem surgir
1. Transmissão pelo ar
Se no início da pandemia o foco era na limpeza das superfícies, uso de álcool gel e higienização de ambientes, hoje há um consenso entre os especialistas que o contato é responsável por uma parcela muito pequena das contaminações.
Estudos mostram que a principal forma de transmissão do coronavírus ocorre pelo ar, por meio de aerossóis, partículas bem pequenas que permanecem flutuando e se acumulam quando estão em ambientes com pouca ventilação.
Por isso, o foco da prevenção deve ser em não compartilhar o ar com outras pessoas.
"Tem um cuidado que deve nortear as nossas decisões: é ao ar que você respira. Álcool gel, lavagem de mãos, têm o seu papel, claro. Mas o ponto determinante é o ar. Não dividir o ar com as outras pessoas", afirma a epidemiologista Denise Garrett, que trabalhou mais de 20 anos no Centro de Controle de Doenças (CDC) do Departamento de Saúde dos EUA.
2. Ambientes fechados e com aglomeração
Nos lugares abertos e sem aglomeração, onde há boa ventilação, por exemplo, o risco de transmissão é muito baixo e a máscara pode nem ser necessária. Mas em ambientes fechados, mal ventilados, como no transporte público, uma máscara de boa qualidade, tipo PFF2, e bem ajustada no rosto, é essencial. É a única forma de garantir que não há troca de aerossóis com outras pessoas contaminadas e também de não contaminar ninguém.
"No dia que você tem que ir ao médico, lugar altamente exposto, você usa sua melhor máscara, de preferência uma PFF2”, explica Fernando Morais, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP).
"Alguma máscara é melhor que nenhuma. As máscaras de pano reduzem a possibilidade de uma pessoa com Covid-19 contaminar outra. Mas em ambientes fechados o ideal é usar uma PFF2 bem ajustada no rosto", afirma Denise Garrett.
3. Vacina não impede transmissão
As vacinas aplicadas no Brasil reduzem significativamente a possibilidade de a pessoa imunizada ter a forma grave ou morrer de Covid-19. A eficácia mínima é de 75%.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas funcionam inclusive contra a variante delta, mais transmissível.
A imunização, no entanto, não é 100% eficaz. É necessário que uma parcela alta da população esteja vacinada para que a pandemia seja realmente controlada. Ainda não se sabe exatamente o percentual, mas tudo indica que seja um patamar acima de 70%. E, hoje, nem metade da população brasileira está totalmente imunizada.
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